quarta-feira, 2 de março de 2016

Cinder [Crónicas lunares 1], de Marissa Meyer - Opinião

Título original - Cinder
Saga: Crónicas lunares #1 / The lunar chronicles #1
Editora: Editorial Planeta
Sinopse: Com dezasseis anos, Cinder é considerada pela sociedade como um erro tecnológico. Para a madrasta, é um fardo. No entanto, ser cyborg também tem algumas vantagens: as suas ligações cerebrais conferem-lhe uma prodigiosa capacidade para reparar aparelhos (autómatos, planadores, as suas partes defeituosas) e fazem dela a melhor especialista em mecânica de Nova Pequim. É esta reputação que leva o príncipe Kai a abordá-la na oficina onde trabalha, para que lhe repare um andróide antes do baile anual. 
Em tom de gracejo, o príncipe diz tratar-se de «um caso de segurança nacional», mas Cinder desconfia que o assunto é mais sério do que dá a entender.
Ansiosa por impressionar o príncipe, as intenções de Cinder são transtornadas quando a irmã mais nova, e sua única amiga humana, é contagiada pela peste fatal que há uma década devasta a Terra. A madrasta de Cinder atribui-lhe a culpa da doença da filha e oferece o corpo da enteada como cobaia para as investigações clínicas relacionadas com a praga, uma «honra» à qual ninguém até então sobreviveu. Mas os cientistas não tardam a descobrir que a nova cobaia apresenta características que a tornam única. Uma particularidade pela qual há quem esteja disposto a matar.


Opinião:
Aqui está uma das obras que até hoje ainda gera muito falatório, Cinder, que nos traz um toque de Cinderela ao quotidiano de um futuro longínquo em Pequim. O primeiro volume das crónicas lunares já andava debaixo de olho, mas apenas recentemente decidi lê-lo.
Esta obra demarca a minha estreia com a autora Marissa Meyer, de quem muito se tem comentado acerca da saga crónicas lunares. É do conhecimento geral que as capas originais são giríssimas e bastante apelativas, mas confesso o que pesou na decisão da escolha, foi o meu gosto pessoal por distopias (e a sinopse claro).
Cinder é uma europeia adoptada que vive em Pequim com a "madrasta e as irmãs" após a morte do pai adoptivo. Devido a um acidente quando era criança, a equipa médica tornou-a cyborg, o que permitiu salvá-la (mas não salvou a sua memória pré-acidente). Contudo o que a salvou foi igualmente o que a prendia à sua madrasta e tutora Adri, que a tinha como propriedade (cyborg). 
Naquela época, uma doença pestilenta está a devastar parte da população e a luta para encontrar a cura é incansável, pelo que cyborgs são por vezes doados para investigação...e este acaba por ser o destino de Cinder. Nessa ocasião descobre-se que é imune, e ela concorda em colaborar com os cientistas.
Entretanto por ser a mecânica mais eficaz da cidade, é procurada pelo príncipe Kai para que conserte o seu cyborg pessoal, e tendo isto como motivo para se cruzarem, torna-se evidente o aparecimento de algo que vai além do compromisso cliente-vendedor.
Simultaneamente, a Lua é habitada por seres regidos por uma rainha maléfica
que ameaça uma guerra contra a Terra, se não se chegar a um acordo de Paz, mas os termos do acordo são algo que deve ser bem ponderado, pois nunca se sabe o que poderá estar por detrás de seres que ludibriam a mente humana...
Gostei do toque de "retelling", e o facto de trazer a base da história da Cinderela mas para um cenário futurista, completamente distinto daquela imagem que tínhamos.
A Cinder não tinha nada em comum com a Cinderela, foi bastante agradável conhecer os diversos aspectos da sua personalidade! Vendo bem, pouco sabemos do seu aspecto físico e na verdade o que realmente interessa está no interior, e no caso dela, também literalmente (natureza cyborg) :P
Outras personagens que me cativaram foram a Peony e a Iko, duas estrelas brilhantes a iluminar os dias da Cinder. Entristeceu-me os seus destinos :/
O conceito de haver vida na lua também agradou-me, embora obviamente aquele povo tenha características que os distingue dos humanos, foi interessante ler sobre eles e as suas habilidades.
A lenda da princesa que poderá surgir e destronar a "rainha má", traz luz e esperança aos rebeldes que não são a favor da liderança da Lua, bem como ao príncipe Kai que de tudo irá tentar para evitar uma guerra.
Um livro que não desilude, com uma história que vale a pena conhecer, aconselho :)

1 comentário:

  1. Olá,
    Já o queria ler, mas depois de ler a opinião fiquei com ainda mais vontade! :)
    Boas leituras!

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