sábado, 6 de agosto de 2016

A educação de Felicity [The school for manners 1], de Marion Chesney - Opinião

Título original - Refining Felicity
Saga: The school for manners #1
Editora: Edições Asa
Sinopse: Numa época em que as mulheres da nobreza só dispõem de duas opções - casar ou esperar que um parente rico morra - as irmãs Tribble não têm sorte nenhuma. Não só ainda não encontraram o amor como, após anos de bajulação a uma intratável tia velha, veem o seu nome apagado do testamento aquando da sua morte.
As românticas Amy e Effie Tribble sonhavam com ricos jantares de carne assada e batalhões de criados aduladores mas agora estão oficialmente na penúria. Ironicamente, é neste cenário desolador que lhes ocorre uma ideia brilhante: colocar a sua educação esmerada ao serviço das jovens mais "difíceis", apresentá-las à sociedade e arranjar-lhes casamento.
Não contavam que a sua primeira cliente fosse Lady Felicity Vane, cuja rebeldia ameaça enlouquecer a sua própria mãe e arruinar o projeto sentimental de Amy e Effie. A jovem prefere caçar com os amigos a pensar em casar. Mal ela sabe que o seu suposto pretendente é o homem que mais a irrita (e que mais irritado se sente por ela). Felicity nunca admitirá que o seu coração treme ao ver Charles Ravenswood, principalmente porque o elegante marquês parece não ter paciência nenhuma para as suas extravagâncias. O clima entre ambos é tão tenso que, se soubessem o que as irmãs planeiam, o resultado seria, no mínimo, desastroso…


Opinião:
Este livro foi integrante do desafio diversidade literária que me propus para o presente ano. Penso que por esta altura é bem sabido que não aprecio muito este género literário (risos), contudo ocasionalmente gosto de variar e confesso que sabe bem expandir os horizontes e sair da zona de conforto.
Estamos em Londres há vários séculos atrás e seguimos as irmãs Tribble que aguardam uma herança, porém ficam excluídas e sendo ambas solteiras, já na meia idade começam a desesperar por dinheiro. 
É então que com a ajuda e o apoio do amigo recém regressado da Índia, as duas senhoras formulam uma ideia para uma ocupação que lhes trará melhores condições de vida. Lançam um anúncio no jornal onde propõem educar e preparar jovens difíceis, de boas famílias, para a sociedade. Se as jovens encontrarem um bom pretendente até ao final da estação (Season), as irmãs recebem um bónus e poderão voltar a viver no luxo como antigamente.
Eis que chega a primeira carta, os seus serviços são requeridos com a Lady Felicity, filha única dos Vane, cuja mãe encontra-se desesperada e sem saber o que fazer com a sua filha rebelde e com maneirismos masculinos. As irmãs aceitam o trabalho mas mal sabem no que se estão a meter...
As irmãs Tribble nunca casaram então moram sozinhas na casa da família, contudo o dinheiro que o pai deixou-lhes já se foi faz algum tempo. Não querendo abrir mão do imóvel, têm aquela brilhante ideia de usar os seus conhecimentos e a educação que tiveram, em jovens rebeldes. Essa ideia e a sua concretização, deram o mote para uma série de peripécias que jamais imaginaram. 
Seja como for, e haja o que houver, ambas são umas românticas incuráveis e só querem o melhor para a sua pupila, inclusive acalentam o sonho de encontrarem para elas próprias o amor verdadeiro e isso agradou-me imenso. Faz lembrar aquela máxima muito referida popularmente "nunca é tarde para amar". :)
Quanto à Felicity, o alvo e a primeira "experiência laboral" das irmãs, sem querer fazer revelações, o seu comportamento tinha a sua razão de ser. A jovem abriu-se com as tutoras e baixou a guarda, mostrando o seu "verdadeiro eu" e à medida que se vai lendo, vamos descobrindo um ser complexo e delicado, com sentimentos profundos.
Esta obra revelou-se uma leitura breve e interessante, pautada por diversas situações verdadeiramente hilariantes. O contraste entre situações sérias e cómicas permitiu-me ler com entusiasmo e querer descobrir o que iria acontecer em seguida. Confesso que fiquei curiosa com a sequela. Aconselho :)

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